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terça-feira, 22 de fevereiro de 2011

B1: TRABALHO SOBRE A ORALIDADE - VANTAGENS DA PRÉ-ESCUTA. PROPOSTA DE ACTIVIDADE (COMPREENSÃO/EXPRESSÃO ORAL)

DOSSIÊ 2
B. APROFUNDAMENTO DE CONHECIMENTO SOBRE CADA UMA DAS COMPETÊNCIAS ESPECÍFICAS
B.1: O TRABALHO SOBRE ORALIDADE: VANTAGENS DA PRÉ-ESCUTA

PROPOSTA DE TRABALHO:
1.       TEXTO SELECCIONADO: EXCERTO DO ENUNCIADO ORAL “Conversas de Família”, in O Peixe Azul, Margarida Fonseca Santos (excerto presente no C.D. do manual Palavras a Fio, 7º ano. Trata-se das primeiras páginas de um livro de aventuras).

2.       O texto seleccionado é bastante interessante e as razões que presidiram à sua escolha prendem-se com diversos critérios:
a)      Tema, níveis de língua e escolha lexical – O tema do conflito de gerações permite aqui evidenciar os diferentes níveis de língua e o vocabulário especifico inerente, utilizados pela personagem avô e pelos jovens adolescentes, seus netos, bem como compreender a rentabilidade discursiva destes ao serviço do tema enunciado, agravando o possível fosso entre as personagens, ou, pelo contrário, aproximando-as, quando dessa ferramenta discursiva se apropriam, como forma de esbater essa mesma barreira, criando cumplicidade entre ambos;
b)      Tipologia textualTexto narrativo com diálogo predominante. O próprio título “Conversas em família” aponta para a existência de diálogo, o que, aliás, poderá ser confirmado, posteriormente, em presença do texto transcrito, pela simples observação da sua mancha gráfica.
    Os alunos serão convidados a reflectir e observar as marcas da oralidade              (construções frásicas, entoação transmissora da intenção, sentimentos das personagens, etc.) presentes neste diálogo e que contribuem para a sua verosimilhança, bem como a  pertinência do diálogo, como forma de dar mais vivacidade ao texto narrativo.
De facto, para que a história pareça verdadeira, a linguagem utilizada por cada personagem deve ser adequada à sua idade, à sua maneira de ser, à época em que vive e ao local em que se encontra;
 (conteúdos: modos de representação do discurso; níveis de língua; sinonímia)
c)       Possibilidade de articulação com conteúdos CEL : Estudo do discurso directo e indirecto; tipos e formas de frases (utilizados conforme a intenção comunicativa (dar informações, perguntar, exprimir sentimentos, ordenar ou pedir algo)
d)      Estudo da pontuação, em particular da pertinência e diferentes utilizações das reticências, indicando atrapalhação e hesitação do emissor.

A – Compreensão oral


3.       Grelha de registo a ser distribuída antes da escuta do texto
(O docente poderá e deverá fazer uso das ferramentas pedagógico - didácticas disponibilizadas pela Escola virtual (www.escolavirtual.pt ) para este efeito, pois o seu suporte audiovisual funciona como elemento motivador, gerador de aprendizagens significativas na sala de aula) :

1 - Assinala com uma cruz as respostas correctas.
1.       As personagens deste texto são…
a)      A avó do narrador
b)      O Avô do narrador
c)       A prima da Joana
d)      A professora da Joana
e)      Um jovem do sexo masculino
f)       A Joana

2.       As personagens deste texto…
a)      Têm todas a mesma idade
b)      Têm idades diferentes
c)       São todas do mesmo sexo
d)      Têm sexos diferentes

3.       Por essa razão…
a)      Utilizam o mesmo vocabulário e o mesmo nível de língua
b)      Utilizam níveis de língua diferentes e o mesmo vocabulário
c)       Empregam vocabulário e níveis de língua  ajustados ao seu nível etário

4.       A acção desenrola-se …
a)      Num belo dia de Primavera
b)      Numa noite de Inverno
c)       Num dia de temporal
d)      Numa noite de Verão
    
5.       A acção passa-se …
a)      Na escola da Joana
b)      No cinema
c)       Em casa
d)      No jardim

6.       Neste texto…
a)      Não há qualquer diálogo entre personagens
b)      Fica claro o monólogo da Joana
c)       As personagens conversavam calmamente
d)      A certo momento da conversa, algo provocou um aceso diálogo entre avô e neto
e)      Há apenas narração e descrição.

2.       Identifica agora os argumentos do Avô (A) e os argumentos do neto (N):
a)      Ninguém pensa assim …..
b)      Atrapalha a vida de todos ….
c)       A Joana quer sempre sair ….
d)       Ela sai mesmo sem autorização …..
e)      O neto não sai para lhe fazer companhia …..
f)       O neto não sai porque não gosta de ir a discotecas …..

3.       Selecciona a resposta correcta:
Com a chegada da Joana, um dos dois interlocutores  ganha um aliado. Qual deles?

a)      O neto, pois, tal como ele, a irmã não aceita a possibilidade de o avô não ir com eles de férias.
b)      O avô, pois a Joana deixa bem claro que não tem paciência para fazer companhia ao avô e quer divertir-se com os seus amigos durante as férias.
     4.Como se sentiu o avô no final da conversa?

a)      Derrotado, mas aliviado
b)      Triste e humilhado
c)       Vitorioso e arrogante
d)      Indiferente e aborrecido

5.      Responde indicando se estas afirmações são verdadeiras (V) ou falsas (F):

Nesta conversa familiar…

a)      Não há cortes, nem hesitações no diálogo.        …..
b)      Há interrupções e hesitações enquanto as personagens falam.   …..
c)       A linguagem é adequada ao contexto de comunicação.   ….
d)      O vocabulário é totalmente inapropriado a esta situação.   …..





B – Expressão Oral - Actividade
Objectivo desta actividade: Trabalhar as competências que permitem estabelecer um contacto com os outros.
Na reflexão final, há dois aspectos que devem merecer uma atenção particular:
-  A necessidade de adequação do discurso à situação (tipo de relação social que o falante mantém com o seu interlocutor, conversa informal, situação de diálogo ou de exposição);
- Uso correcto de diferentes formas de tratamento (refira-se particularmente ao emprego dos pronomes de tratamento da 2ª pessoa: tu, você e o senhor/a senhora)
(* Ainda a propósito do diálogo sugere-se a realização da actividade proposta na Transparência 1)

1. Recorda o que a Joana disse quando soube que o avô não tencionava ir de férias com o resto da família.
    « - Era só o que me faltava! Ó avô, passaste-te?
      - Passei-me …?» (linhas 81-83)
2. Quando falas com alguém, é fundamental que adaptes a tua linguagem à situação. O jogo  (JEUX DE RÔLE) que  a seguir te propomos consiste na improvisação de três diálogos:
          Situação:
       Estás na rua, longe de casa, e verificas que perdeste dinheiro para o autocarro. Precisas de telefonar aos teus pais, mas não tens telemóvel. Só te resta pedir a alguém para te deixar fazer uma chamada. A quem?
·         Ao pai de um colega de turma que mora em frente à paragem do autocarro;
·         À senhora que está na paragem do autocarro e que acaba de falar ao telemóvel;
·         A um rapaz da tua idade que vai a passar.

Passos a seguir:
Dois alunos improvisam cada diálogo, os restantes alunos observam as improvisações.

DISCUSSÃO COLECTIVA SOBRE :

- A forma como cada diálogo foi iniciado;
-A linguagem utilizada;
- A correcção na forma de tratamento;
- A atitude, o gesto, o olhar;
- As regras consideradas importantes para estabelecer um contacto com os outros



Roteiro de trabalho - Aprofundamento de Conhecimento sobre cada uma das Competências Específicas. B2. Escrita - Proposta de actividade

Roteiro de Trabalho – Dossiê 2
B. Aprofundamento de Conhecimento sobre cada uma das Competências Específicas
B2. Escrita
  • Entende-se por escrita o resultado, dotado de significado e conforme à gramática da língua, de um processo de fixação linguística que convoca o conhecimento do sistema de representação gráfica adoptado, bem como processos cognitivos e translinguísticos complexos (planeamento, textualização, revisão, correcção e reformulação do texto).
1. Esta concepção de escrita, como resultado de um processo, para o qual são convocados vários subprocessos (planeamento, textualização, revisão, correcção e reformulação do texto) corresponde, efectivamente, à nossa prática docente.
     Temos valorizado todas estas fases de produção escrita, valorizando, inclusivamente, o processo de divulgação dos textos escritos (mais criativos, mais ricos a nível lexical ou mais originais e/ou seleccionando textos de alunos, com mais dificuldades, dependendo do objectivo pedagógico) através dos Blogues e das publicações no jornal escolar “O Recreio”.

2. Para o plano da produção escrita são dados aos alunos guiões de escrita por tópicos: centrados no tema, na estruturação do texto, bem como na tipologia textual e suas coordenadas textuais e situacionais (destinatário, meio de registo, etc) e, tratando-se de um plano de texto narrativo, orientam-se os alunos a planificar conscientemente as categorias da narrativa que o integrem (tempo, espaço, número de personagens, peripécias).
   São propostos também vários exercícios de produção escrita, treinando as técnicas para apropriação de técnicas e modelos, partindo do texto literário. A título exemplificativo, e após o estudo do conto “Abyssus Abyssum” da obra Os Meus Amores, Trindade Coelho, foi sugerido aos alunos a realização de uma entrevista à mãe dos meninos (3ºciclo).
   Já aquando do estudo da obra de Sophia de Mello Breyner Andresen, A Menina do Mar (2ºciclo), e por ocasião do estudo da carta, bem como da comemoração da semana dos afectos e dia de S.Valentin, foi pedido aos alunos que escrevessem cartas de amor/amizade, devendo os alunos assumir a posição do Rapaz e as raparigas assumir a posição da Menina do Mar na sua redacção. Esta actividade foi muito apreciada como se poderá ler no Blogue  (www.palavrasandarilhas.blogpot.com)

3. O processo de reformulação do texto e reescrita passa pela correcção ao nível formal e de conteúdo - aperfeiçoamento do texto proposto pelo professor, em contexto de sala de aula ou como trabalho de casa. O texto é melhorado após a correcção feita pelo professor que sugere alterações e exercícios concretos e individualizados conforme o tipo de erro apresentado (ortografia, sintaxe, ideias, desenvolvimento/enriquecimento do tema).

4. Depois do texto corrigido, tratando-se de uma narração, o aluno pode aumentar os momentos de descrição, utilizar o diálogo, recorrer a novas personagens e à sua caracterização física e psicológica, bem como a novas peripécias.


Apresentação da actividade
 
   Com esta actividade organizada em 5 etapas, como a seguir se apresenta, pretende-se que os alunos produzam uma nova versão do conto “Abyssus Abyssum”, Trindade Coelho. Por se tratar de uma narrativa com um desenlace trágico, propõe-se aos alunos que imaginem um desfecho diferente para a aventura dos dois irmãos. Para tal, o seu ponto de partida será o momento da acção em que eles saem de casa e correm para o barco.
    Esta actividade permite uma tomada de consciência da diversidade de textos que podem ser produzidos, mas também de que cada texto é passível de múltiplas reescritas. Depois de corrigidos e aperfeiçoados podem ser partilhados com outras turmas, através de pequenas antologias ou publicação nos blogues de turma e/ou Biblioteca.


Descritores de desempenho
Escrever para construir e expressar conhecimento(s)

  • Utilizar, com autonomia, estratégias de preparação e de planificação da escrita de textos.
  • Seleccionar tipos e formatos de textos adequados a intencionalidades e contextos específicos:
- narrativos (reais ou ficcionais).

  • Redigir textos coerentes, seleccionando registos e recursos verbais adequados:
- ordenar e hierarquizar a informação tendo em vista a continuidade de sentido, a progressão temática e a coerência global do texto;
- dar ao texto a estrutura e o formato adequados, respeitando convenções tipológicas e (orto)gráficas estabelecidas;
- diversificar o vocabulário e as estruturas utilizadas nos textos, com recurso ao português-padrão.




Escrever em termos pessoais e criativos

  • Explorar a criação de novas configurações textuais, mobilizando a reflexão sobre os textos e sobre as suas especificidades.
Conteúdos

Para realizar esta actividade, pressupõe-se que os alunos mobilizem e desenvolvam conhecimentos sobre o texto narrativo e sobre aspectos de coesão textual:

  • plano do texto;
  • sequência narrativa: situação incial, complicação, acção/peripécias, resolução, situação final, moral;
  • categorias da narrativa: espaço, tempo, personagens, acção, narrador;
  • processos de caracterização das personagens;
  • coerência textual;
  • marcadores discursivos/conectores relevantes para expressar a sequência dos acontecimentos;
  • normas básicas de coesão temporo-aspectual.
  1. Para vos orientar, na actividade proposta, sigam o quadro que vos apresentamos:
                                No conto Abussus Abyssum       No conto que vais escrever…        




Personagens
  • Quem são as personagens?
  • Que características têm as personagens?
     * Que outras personagens podem protagonizar a história?  
  • Que características têm essas personagens?


Ambiente
  • Em que ambiente se passa a história?
  • Em que outro ambiente se poderia passar a história?




Acção
  • O que acontece com as personagens?
  • Que objectivos querem elas alcançar?
  • Que obstáculos têm de superar?
  • Que outros acontecimentos poderiam ser contados?
  • Que outros objectivos poderiam existir?
  • Que outros obstáculos poderiam existir?


Final
  • Que tipo de final tem a história?
  • Que tipo de final terá a história?

Moral da história
  • Que lição nos transmite a história?
  • Que lição se pretende transmitir?




Produção da história
Antes de iniciar a produção do texto, é fundamental proceder-se à análise dos dados registados por cada aluno, apreciando a coerência das propostas de reescrita e a sua adequação à finalidade visada. No decurso da produção, o professor terá de ajustar a sua intervenção às necessidades dos alunos: um controlo excessivo pode inibir ou condicionar o desenvolvimento das opções tomadas; uma ausência de resposta a obstáculos específicos pode comprometer a realização da actividade.

  1. Com base nas informações que registaram, escrevam agora a versão da história.

Apreciação e aperfeiçoamento dos textos produzidos
 Dada a natureza da actividade solicitada aos alunos, é importante que a revisão incida sobre questões relativas à adequação comunicativa e à coerência textual. Nesse sentido, propõe-se um conjunto de questões a partir das quais os alunos começarão por analisar o modo com construíram e organizaram a narrativa.
Para que a leitura seja mais atenta e exigente, pede-se que os alunos identifiquem quer os aspectos mais positivos, quer aqueles que necessitam de ser revistos. Propõe-se também que procedam ao registo de propostas concretas para aperfeiçoamento do texto. Os alunos são, assim, implicados na discussão e testagem de hipóteses que lhes permitem mobilizar e aprofundar conhecimentos linguísticos e discursivo-textuais. Sempre que necessário o professor pode posicionar-se quanto à validade dessas hipóteses explicando por que razões são ou não ajustadas.

  1. Com a ajuda de um outro par, releiam agora o vosso texto de modo a identificarem os aspectos apreciados de forma mais positiva e os aspectos que podem ser melhorados. Discutam alternativas para resolver os problemas identificados. Orientem a vossa discussão a partir das seguintes questões:
  • A história foi escrita de maneira a interessar os leitores? O final é suficientemente interessante para ficar na memória de quem ler?
  • Foram incluídas as informações necessárias para os leitores perceberem o que se passa, mas sem se perderem em pormenores desnecessários?
  • Os diferentes momentos da história foram devidamente organizados (por ordem cronológica ou outra que permita um efeito de surpresa)?
  • Foram incluídos elementos suficientes para recriar o ambiente e para alcançar os efeitos pretendidos?
  • As personagens foram caracterizadas de modo a que os leitores as vejam com simpatia ou com antipatia?
  • O diálogo e as atitudes das personagens permitem concretizar o que acontece na história?
  • Foram feitos parágrafos para organizar os diferentes momentos da história?
  • Os tempos verbais utilizados permitem mostrar a sequência dos acontecimentos?
  • O vocabulário utilizado é adequado ao tipo de história que inventaste?
  • As regras do diálogo foram respeitadas?
  • Os sinais de pontuação são adequados?
  • Foi utilizado o corrector ortográfico do computador ou o dicionário para fazer a revisão do texto?

  1. Registem as conclusões a que chegaram:


 Aspectos apreciados de forma mais positiva
  
Aspectos a melhorar
Sugestões para resolver os problemas identificados











  1. Reescrevam o vosso texto com base nas sugestões registadas.

Divulgação dos escritos produzidos
Depois de corrigidos e aperfeiçoados os textos/contos podem ser partilhados com outras turmas, colocados nos blogues ou publicados no jornal escolar.